#Club&Casa Home – Reforma em casa de ex-prefeito dá lugar a instituto cultural, com fachada que remete a Veneza
O projeto também ganha um interessante twist contemporâneo graças à estrutura metálica e aos vidros inclinados.
Texto: Angela Villarrubia
Fotos: Alyne Carneiro (retrato) e Letícia Fassa/Divulgação
A estrutura metálica, com 9 m de altura, e o vidro inclinado representam a proa de um navio, uma metáfora à vinda dos imigrantes. A fachada da esquerda, baseada nas casas venezianas, tem portas amadeiradas falsas (são de placa cimentícia); a da direita faz referência ao Palazzo Ducale (também localizado na cidade dos canais) e foi adornada com elementos em fibra de vidro, assim como a ponte que serve de guarda-corpo/corrimão.
O Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro Oswaldo Stival & Edith ocupa o lugar que já foi residência do casal que dá nome ao organismo, em Nova Veneza, a 33 km de Goiânia (GO). O intuito era homenagear os cônjuges (ele foi prefeito do município durante dois mandatos), filhos de italianos fundadores da cidade. A ideia partiu de seus descendentes, também para resgatar a história da localidade. A reforma e adequação do imóvel contou com projeto de Jannani Eterna, arquiteta com pós-graduação em design de interiores.
A casa térrea original passou por uma série de intervenções, como o reforço da estrutura externa – o muro foi elevado a uma altura de 9 m, para a execução de uma fachada cenográfica permanente –, bem como da interna. Também foi trocada a base da cobertura, que ainda ganhou telhas isotérmicas, e criado um suporte metálico para o teto e para os vidros frontais inclinados, que configuram o atrativo contemporâneo do projeto.
Para a iluminação da fachada (Corfel Iluminação), há ribaltas e fitas de LED (que, automatizadas, permitem a apresentação de um show de luzes com acompanhamento musical), além de postes clássicos e arandelas com temperatura amarela. Por fim, uma estátua de Nossa Sra. do Carmo, padroeira da cidade, coroa o alto da entrada principal.
A antiga sala de jantar mantém diversos móveis e peças originais, como as louças da mesa posta. Neste espaço, também foram adotados expositores com objetos, mapas, documentos e retratos, para contar a história de Nova Veneza. O projeto luminotécnico da parte histórica do instituto procurou manter luz amarela e iluminação focal em fotos e quadros, além do pendente clássico sobre a mesa.
O salão novo tem pé-direito triplo e expositores fixos, em metalon e vidro. O teto ficou livre de luminárias, para possibilitar a projeção de estrelas durante a noite. Spots e perfis de LED proveem a luz necessária. O instituto soma 197 m² de área construída.
